Malícia X Super santidade, Qual a diferença? PARTE 2

Na sua opinião, Qual estado de espírito de um cristão é mais perigoso, o que tem espírito de malícia ou que tem espírito de super santidade?
Bom, respeito a opinião de todos, independente de qual seja ela...
Embora, o malicioso costume ser bem sagaz, não é tão difícil identificá-lo, até a pessoa que é maliciosa tem consciência de que não está bem com Deus. Em simplíces conversas e convivência com um malicioso, é possível perceber o seu caráter por meio de suas atitudes e correntes de pensamentos, vistas através de suas palavras, e ainda que ele tente mostrar ser uma pessoa que ele não é, não consegue se ocultar por muito tempo, a sua carapuça sempre acaba caindo. Entretanto, o mesmo não se pode falar com respeito ao super santo, esta é uma condição espiritual muito difícil de ser revertida. Além de ser de difícil percepção, tanto para a pessoa como para alguns que estão proximos, é uma coisa difícil de se julgar, pois não se sabe o que realmente se passa dentro da pessoa, salvo por pessoas siceras e de Deus que tem discernimento espiritual para detectar isso.
Mas o que é super santidade? Super santidade é o estado de desequilíbrio espiritual demasiado de uma pessoa, ou fanatismo.
Embora, não tenha o hábito de ver muitas pessoas com esse desequilibrio demasiado, já tive a experiência de conviver com pessoas com esse tipo de distúrbio espiritual, e é muito triste ver pessoas se torturando por achar que tudo é pecado, ou que qualquer comportamento estranho é motivo para se frustrar. Lembro-me de uma igreja onde passei, e havia um obreiro que se encontrava nesse estado de super santidade, e, sinceramente, aquele obreiro deu mais trabalho do que um perturbado, acredito ser mais fácil um malicioso se converter da sua malícia, do que um super santo largar a sua super santidade, era horrível ver aquela pessoa se torturando daquela forma, frustrado por achar que estava mal com Deus, lembro-me que o seu caráter era realmente impecável, não entendia o porque daquilo, no domingo assistia as duas reuniões principais (manhã/noite), buscava, chorava, lembro que aquele obreiro era muito zeloso para com a igreja, evangelizava fortemente, cuidava do povo e etc., à primeira vista fiquei admirado, no entanto, fui percebendo ele triste, cabisbaixo, frustrado... Então, passou a ser inúmeras as vezes que aquela pessoa vinha até mim confessar que havia errado e pecado, e foi aí que descobri o que estava errado, porque, eram coisas absurdas que atormentavam a consciência dele, tais como: "Eu pequei porque fui à praia no sábado sem pedir ao senhor(a praia era no litoral da cidade), "eu acho que estou errado porque estou gostando de uma pessoa da obra, a pessoa é solteira pastor, mas acho que é errado ficar pensando nela..." e "pastor pequei nisso e pequei naquilo outro", teve um voto que essa pessoa fez com Deus que..., era cada coisa que... sinceramente, a princípio fiquei deconcertado com tais situações... O pior foi para convencê-la do contrário, Deus tem conhecimento da luta que foi travada para tentar ajudar aquele jovem, contudo, permaneci naquele lugar muito pouco tempo, mas até hoje quando vejo o pastor daquela igreja pergunto como ela está, faz muito tempo que já passei por lá, mas a tal pessoa ainda não conseguiu mudar, arrancar aquilo dela, o pastor dela me disse que no jejum de Daniel aconteceu um caso em que a pessoa ficou depressiva por achar ter quebrado o seu jejum por ter usado o "Google" para acessar o blog do bispo macedo, e mesmo o pastor dizendo que não era errado, a tal pessoa não se convenceu... A super santidade é como um vírus mortal que destrói a mente da pessoa aos poucos, torturando a sua consciência pouco a pouco, acredito ser um dos metódos de destrição que o diabo mais gosta, por torturar o espírito e a alma da pessoa. Por outro, existe um outro tipo de super santo, o fariseu, o orgulhoso, este ver erros em todo mundo como se ele próprio não tivesse erros, à semelhança do exemplo que Jesus deu: "Dois homens subiram ao templo, a orar, um fariseu, e outro publicano. O fariseu estando em pé, orava consigo desta maneira: "Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto possuo". O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: "O Deus, tem misericórdia de mim, pecador". Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que si mesmo se humilha será exaltado". (Lucas 18:10-14). Esse tipo de super santidade é um estado de tremendo engano, a pessoa se acha alguma coisa quando na verdade não somos nada, é um espírito religioso muito comum entre os cristãos tradicionais, esses que gostam de apontar o dedo para os outros, quando na realidade Jesus disse: "Quem está de pé cuide para que não caía.",aprendi que: "quando esquecemos de olhar para o nosso peixe e olhamos para o dos outros, o gato acaba roubando o nosso", ninguém pode mudar o mundo inteiro, todo ser humano é dotado de inteligência para raciocinar por mais endemoninhado que seja.
Contudo, se você é uma pessoa que pelo menos se encontra numa situação semelhante à uma destas, faça uma analise da sua vida, e saiba que Deus não olha para os seus pecados involuntários ou para a sua demasiada santidade, Deus olha é para o seu coração sincero, não importando o quão pecador você seja, o que Ele quer saber é se você quer mudar, servi-Lo, pertencê-Lo, é só você observar quem desceu justificado do templo, se foi o fariseu ou o publicano... Caro leitor, Deus procura pessoas que ofereçam pra Ele sacrifícios que O satisfaça, e a super santidade não é o sacrifício que O agrada, mas sim, a capacidade que o publicano teve de se humilhar, reconhecer o que realmente era e pedir ajudar pra Deus, todos nós somos falhos. Contudo, para deixar claro esta afirmativa, a Bíblia confirma que: "Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado, coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmos 51.16-17), é disso que Ele se agrada. A questão não é deixar a sua santidade e ser malicioso, de maneira alguma, o "X" da questão é o equilíbrio espiritual que temos que possuir, ter maturidade espiritual, seja santo diante de Deus, tenha sua comunhão com Ele, mas tudo com equilíbrio, esse "SUPER" de super santidade é extremamente destrutivo e maligno, é um super que eu, particularmente, não quero ser. Vendo a necessidade de a igreja amadurecer, com respeito a esse equilíbrio, é que Deus fala em Sua palavra: “Não seja demasiadamente justo nem demasiadamente sábio; por que destruir-se a si mesmo?” (Ec. 7:16). Ofereça o que agrada à Deus e não o que você quer oferecer ou acha que deve oferecer, seja simples com Deus, não complique o que não precisa ser complicado, Deus é claro em Sua palavra quando fala o que quer de nós, não é verdade?! Então pronto, seja simples, sensato, objetivo e equilibrado, assim como foi o publicano citado acima, assim como foi o rei Davi (Salmos 51.16-17). Deus abençoe a todos.




                                                                                     De fé em fé