DANIEL: O Livramento: O Decreto Real ao Deus de Daniel

    Quando Daniel fora lançado na cova dos leões por causa da sua fé, no seu Deus. Aconteceu que: “Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei e foi com pressa à cova dos leões. Chegando-se ele à cova, chamou por Daniel com voz triste; (Daniel 6.19-20), o rei Dario chamou Daniel com voz triste porque não esperava ouvir a voz dele, mas, sim, o rugido dos leões, no entanto, são em momentos como este em que o Espírito Santo faz distinção entre aquele que lhe pertence e aquele que não lhe pertence, uma vez que toma a dianteira da vida do primeiro, dando-lhe o Seu livramento por mais adversa que seja a situação: “disse o rei a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões? Então, Daniel falou ao rei: Ó rei, vive eternamente. O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca aos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada, em mim inocência diante dele; também contra ti, ó rei, não cometi delito algum. Então, o rei se alegrou sobremaneira e mandou tirar a Daniel da cova; assim, foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus.” (Daniel 6.20-23). Quando a pessoa faz a sua parte, é impossível que Deus não faça a parte DELE. Daniel, por ter feito a sua parte, ficou tranqüilo e permaneceu na fé, e quando foi lançado na cova, Deus achou nele inocência, pois foi injustiçado por um mal que não cometeu, contudo, estava ali por um bem praticado para com Deus, a saber, agradá-LO e, alcançou do Senhor o Livramento num momento iminente da adversidade, por valorosamente, crer no seu Deus. Quanto aos seu inimigos foram de todo destruídos: “Ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado a Daniel, e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova, e já os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos.” (Daniel 6.24).

    Portanto, por ter assumido a sua Fé, Daniel alcançou o Livramento e engrandeceu sobremaneira ao SENHOR, seu Deus, diante de todos os povos da terra com um decreto assinado pelo próprio rei, além de reconquistar multiplicado tudo aquilo que havia renunciado; seus privilégios, riquezas e a sua vida. E disse o rei: “Faço um decreto pelo qual, em todo o domínio do meu reino, os tremam e temam perante o Deus de Daniel, porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre; o seu reino não será destruído, e o seu domínio não terá fim. Ele livra, e salva, e faz sinais e maravilhas no céu e na terra; foi ele quem livrou a Daniel do poder dos leões. Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa.” (Daniel 6.26-28)

    Contudo, conclui-se que nenhum ser humano tem motivo algum para duvidar, ser descrente ou incrédulo para com Deus, pois em tudo Ele mostra a Sua grandeza e majestade. Por exemplo, quando uma determinada espécie de peixe se reproduz, todos os outros nascem iguaiszinhos, Deus foi e é perfeito em tudo o que fez e em tudo o que faz. O motivo do fracasso da maioria das pessoas não está no Espírito Santo, mas, no fato, de Deus não estar acima de tudo na sua vida, uma vez que Ele não é o seu maior e verdadeiro tesouro, mas, sim, o que a pessoa possui, ou algo, ou alguém que está ao seu redor e isso, conseqüentemente, torna qualquer pessoa incapaz de assumir a sua fé em Deus. Felizmente, o mesmo não aconteceu com Daniel. Entretanto, nesse exato momento, cada um de nós temos a oportunidade momentânea, de fixar cada coisa em nossa vida no seu devido lugar e, assumir verdadeiramente a nossa fé, pois não sabemos o que trará o amanhã, e o amanhã pode ser tarde de mais, como o foi para Ananias e Safira. Deus abençoe.

    "porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração." (Mateus 6.19-21)

 

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                                                     Lima Júnior

DANIEL: O Livramento de Deus

                                   

    O sacrifício de Daniel fez com que ele se colocasse na total dependência de Deus, porque num dia ele tinha tudo e no outro, por causa da sua fé, ficou sem nada e, ainda teve como destino definido a cova dos leões.

    Então, os perseguidores de Daniel denunciaram-no ao rei Dario: “Então, responderam e disseram ao rei: Esse Daniel, que é dos exilados de Judá, não faz caso de ti, ó rei, nem do interdito que assinaste; antes, três vezes por dia, faz a sua oração. Tendo o rei ouvido estas coisas, ficou muito penalizado e determinou consigo mesmo livrar a Daniel; e, até o pôr-do-sol, se empenhou por salvá-lo.” (Daniel 6.13-14). Há momentos na nossa vida em que nem o mais poderoso dos homens podem nos socorrer, naquela altura, humanamente, o rei Dario era o homem mais poderoso da terra, no entanto, por mais que tenha se empenhado foi incapaz de livrar a Daniel. Contudo, Daniel era um homem que acreditava na sua fé, e não clamou por justiça e clemência ao rei, mas se manteve calado e confiante, pois conhecia o Deus no qual cria, e a sua relutância ante o decreto de Dario mostrou que não era no rei em quem ele confiava, mas em Deus. O nascido de Espírito, cuja vida é a própria oferta no Altar de Deus, não tem medo do sacrifício e nem apóia a sua fé em ninguém, pois caso isso aconteça é visto que tal pessoa não nasceu DELE de fato e de verdade. Não existe nenhuma pessoa capaz de nos socorrer e nos dar auto-suficiência em todos os momentos da nossa vida, a não ser o Senhor Jesus, e Daniel sabia muito bem disso e, tamanha era a sua confiança em Deus, que nem a Ele clamou por justiça, ficou calado e tranqüilo, pois sabia que aquilo que havia feito chamaria a atenção do seu Senhor. Por isso que o Nascido do Espírito não têm motivo algum para deixar de crer em Deus, uma vez que ele não dá, simplesmente, uma oferta, porém, ele é a própria oferta no Altar. Entretanto, o rei Dario, impotente diante daquela situação ante o seu poder e autoridade, disse: “Então, o rei Dario ordenou que trouxessem a Daniel e o lançassem na cova dos leões. Disse o rei a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, que ele te livre.” (Daniel 6.16). A expressão da palavra “continuamente” segundo o dicionário tem sete interpretações: 1. Prosseguir ou prolongar sem interrupção. 2. Dar seguimento a. 3. Seguir-se a. 4. Persistir; prosseguir. 5. Permanecer. 6. Seguir avante; prosseguir. 7. Estender-se, prolongar-se. Portanto, era com base nas expressões da palavra “continuamente” que Daniel servia ao seu Senhor e, de tal forma ele era entregue ao zelo do seu Deus, que esse comportamento era extremamente notório a todos, ele nunca escondeu isso de ninguém. A diferença entre o Nascido de Deus e o não nascido Dele é essa, o primeiro serve ao Senhor Jesus “continuamente”, ou seja, não há obstáculos que possa abalar a sua condição de servo, contudo, serve ao seu Senhor incondicionalmente, ao contrário, daquele que não teve um encontro com Deus, que desanima diante dos seus problemas e perseguições. Entretanto, são nesses momentos que Deus mostra a Sua Glória, Poder e Majestade na vida daqueles que “continuamente” O servem. No entanto, aconteceu que no dia seguinte após Daniel ter sido lançado na cova dos leões: “Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei e foi com pressa à cova dos leões. Chegando-se ele à cova, chamou por Daniel com voz triste; (Daniel 6.19-20), o rei chamou a Daniel com voz triste porque não esperava ouvir a voz dele, mas, sim, o rugido dos leões. Deus abençoe.

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                                           Lima Júnior

DANIEL: Sacrifício: Acesso à presença de Deus

2ª Riquezas: Seria muito incoerente dizer que Daniel era um homem pobre, uma vez que ocupava uma alta posição no escalão real, ele era riquíssimo (Daniel 1.48-49). A grande probabilidade de sucesso profissional e financeiro tem frustrado o sonho de muitas pessoas de servir a Deus de corpo, alma e espírito, principalmente, no que se refere às grandes promessas da obra de Deus, os jovens, que devido a isto desviam seus olhos desse tipo de sacrifício, abdicando de assumir a fé de servi-LO, incondicionalmente. Talvez seja este um dos mais difíceis tipos de sacrifícios no meio de algumas pessoas convertidas. Lembro-me de um jovem obreiro, que havia terminado o Ensino Médio e tinha passado numa Prova para um Curso Superior de Engenharia em Edificações na Escola Técnica e, pretendia se formar na Universidade, tinha sonhos e objetivos traçados e, não pensava, predominantemente, em fazer a obra de Deus no Altar, contudo, ele considerava a Deus acima de tudo na sua vida, e, aconteceu que, inesperadamente, foi chamado para fazer a obra de Deus no Altar, e tal situação doeu muito porque naquela altura se passavam mil e uma coisas na sua cabeça, ele tinha uma idéia da dificuldade, da renúncia e das adversidades que iria encontrar naquela nova vida, além do projeto de vida que estava para abandonar, naquele momento ele teria que assumir a sua fé e lhe restava duas opções; ou escolheria o que havia projetado, o que não seria um pecado, uma vez que permanecesse na presença de Deus, ou então, escolheria o que o Espírito Santo queria dele, enfim, aconteceu que ele escolheu a segunda opção, não sabendo o que seria da sua vida se tivesse escolhido a primeira opção... Contudo, acabou por se render ao chamado de Deus, creio que ele hoje não se arrepende nem um pouco da escolha que fez lá traz, talvez hoje ele não tenha nem ouro e nem prata, no entanto, tem Algo que excede infinitamente o valor de tudo aquilo que poderia ter hoje se a sua escolha tivesse sido outra. Para Daniel tanto fazia ter ou não ter alguma coisa, o seu Deus era sua herança.

3ª A Vida: O sacrifício da vida é o ponto máximo, o auge de todos os sacrifícios. Quando Daniel já havia renunciado tudo o que possuía por causa da sua fé, faltava-lhe um sacrifício a ser feito, a saber, o sacrifício da própria vida, no entanto, ele já havia provado ser capaz de fazê-lo quando sacrificou seus privilégios e riquezas que lhes davam comodidade e bem-estar. Porque é impossível uma pessoa dizer que é capaz de dar a vida por Jesus e, no entanto, ser incapaz de abrir mão de coisas como essas. Entretanto, não é errado possuir bens e gozar de uma vida plena, muito pelo contrário, isso é dom de Deus, mas o que não pode acontecer é o cristão servir ao que possui, a exemplo do jovem rico que era um cristão exemplar e próspero, no entanto, quando chamado por Jesus para segui-LO como seu discípulo e promissor Apóstolo, como aconteceu com Barnabé, ele mostrou que o seu coração estava naquilo que possuía: “Então, ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha mocidade. E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa de falta: Vai, tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me. Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades.”(Marcos 10.20-22), por outro lado, Zaqueu era um homem pecador e, talvez, não tivesse  nem conhecimento da palavra de Deus e do significado do sacrifício, no entanto, a disposição dele em querer entregar a vida pra Jesus era tão imensa que por si próprio abriu mão das suas fraudes e riquezas: “Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.”(Lucas 19.8) e, no mesmo instante Jesus indagou: “Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão.”(Lucas 19.9), isso porque Abraão é considerado pai da fé e praticante assíduo do sacrifício, sendo o maior deles o do seu precioso filho, Isaque, feito por obediência e amor ao seu Deus.

    Portanto, o nascido do Espírito sabe que tudo aquilo que possui é para servi-lo e não vice-versa, assim como foi com Daniel que durante a sua vida se deleitou de tudo o que havia conquistado, mas na hora de renunciar não pensou duas vezes, mostrou onde, verdadeiramente, estava o seu coração e qual era o seu grande tesouro. Ora, o resto da história você deve conhecer, o completo e perfeito sacrifício dar à pessoa que o faz acesso à presença de Deus. Quando uma pessoa nasce do Espírito Santo e recebe o Seu caráter, assumi a sua fé e o seu perfeito sacrifício se consuma, surge nesse momento o Senhor Jesus, porque a partir de então fica a cargo do Espírito Santo fazer a Sua parte e, nesse instante acontece aquilo que ninguém imaginava que poderia acontecer, o Sobrenatural, o Livramento de Deus. Contudo, se um cristão quer ver o Espírito Santo agindo de maneira sobrenatural na sua vida e no seu ministério, a condição para que isso aconteça é se entregar de corpo, alma e espírito. Dada esta circunstância, tal pessoa passará a ver o que Abraão, Moisés, Elias, Davi, Débora, Daniel e tantos outros viram, o Sobrenatural, o Inimaginável. Deus abençoe.   

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                                                                               Lima Júnior

DANIEL : Sacrifício: Deus põe à prova os que Lhe pertencem

    Quando se fala em assumir a fé como Daniel o fez, não se está referindo a um ato de heroísmo como em um filme onde tudo sempre acaba bem, pois isto provém de uma emoção, mas, se trata de Deus pôr à prova aqueles que Lhe pertencem, trata-se de Deus ser ou não ser com a pessoa posta em evidência, como, por exemplo, o povo de Israel que movidos por uma emoção de heroísmo foram à guerra sem que Deus estivesse com eles: “Disse-me o SENHOR: Dize-lhes: Não subais, nem pelejeis, pois não estou no meio de vós, para que não sejais derrotados diante dos vossos inimigos. Assim vos falei, e não escutastes; antes, fostes rebeldes às ordens do SENHOR e, presunçosos, subistes à montanha. Os amorreus que habitavam naquela região montanhosa vos saíram ao encontro; e vos derrotaram como fazem as abelhas e vos derrotaram desde Seir até Horma.” (Deuteronômio 1.42-44), o povo havia pecado e para consertar o seu erro, ao invés de se humilhar e buscá-LO, agiram pela fé emotiva e, obstinados insistiram em fazer guerra contra seus inimigos, sem, no entanto, Deus estar no meio deles, sendo prontamente derrotados e, isso não é assumir a fé. Assumir a fé é agir por uma certeza de pensamento consciente, mesmo sabendo que tal atitude poderá, aparentemente, causar-lhe danos drásticos, no entanto, o nascido de Deus não teme, por saber que esse aparente dano é apenas um detalhe intimidador, por ter a certeza de que Deus é com ele, com isso não abre mão da fé que traz dentro de si. Contudo, assumir essa fé trouxe para Daniel uma conseqüência drástica, humanamente falando, o sacrifício. Por causa da sua fé, Daniel teve que sacrificar três coisas muito preciosas que, talvez para você sejam coisas de estima e valores consideráveis:

    1ª O Privilégio: A posição hierárquica de Daniel o colocava apenas abaixo do rei, pois era presidente, sendo todos os demais subordinados a ele se, porventura, ele não tivesse assumido a sua fé, certamente se tornaria o único presidente daquele império, pois o rei Dario pensava estabelecê-lo sobre todo o reino, contudo, dada aquela circunstância provocada por aquele decreto, Daniel abriu mão daquele abrangente poder e glória por causa do seu estimado Deus. Há pessoas que por causa da sua comodidade e posição social, temem assumir sua fé no Espírito Santo, dentre as quais se encontram pessoas “cristãs” que exitam em servir a Deus com a sua vida, devido ao temor por represarias familiares e sociais ou a perda de privilégios e comodidades humanas que lhes satisfazem o corpo, o ego e o coração, essas coisas são como o vinho que alegra a alma, entretanto, acredito haver pessoas que por amor ao Senhor Jesus, um dia renunciaram tudo isso para servi-LO, estando, algumas delas hoje, espalhados pelo mundo afora oferecendo a sua vida como libação e oferta contínua, a exemplo de Daniel que devido a sua fé começou sacrificando isso de início.

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                                                                     Lima Júnior

   

DANIEL: A Fé: Compromisso com Deus

      

         

  O caráter contínuo de Daniel moldado pelos frutos do Espírito Santo provava que, realmente, ele era um homem de Deus, fiel e integro em seus caminhos. A questão era até que ponto Daniel manteria o seu Deus como prioridade na sua vida. Seja a pessoa nascida de Deus ou não, ambas estarão sujeitas às dificuldades, perseguições, injustiças e às mais constrangedoras situações, no entanto, esses momentos difíceis fazem distinção entre o falso e o verdadeiro servo de Deus, é onde todos supostos filhos de Deus são postos em evidência quanto à sua crença.

     Portanto, mesmo Daniel possuindo o Espírito de Deus foi injustiçado, porque os seus perseguidores acharam o único ponto em que ele poderia ser acusado perante o rei, a saber, a fé no seu Deus: “Disseram, pois, estes homens: Nunca acharemos ocasião alguma para acusar a este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus. Então, estes presidentes e sátrapas foram juntos ao rei e lhe disseram: Ó rei Dario, vive eternamente! Todos os presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e governadores concordaram em que o rei estabeleça um decreto e faça firme o interdito que todo homem que, por espaço de trinta dias, fizer petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões. Agora, pois, ó rei, sanciona o interdito e assina a escritura, para que não seja mudada, segundo a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar. Por esta causa, o rei Dario assinou a escritura e o interdito. (Daniel 6.5-9). Eles foram astuciosos porque conheciam muito bem o caráter de Daniel para com Deus, assim sendo, instigaram o rei a assinar tal decreto idólatra, e, logicamente, aquilo encheu o ego do rei Dario que movido pela emoção o assinou sem exitar, não se lembrando, porém, da crença de Daniel a quem muito ele estimava. Naturalmente, aquela situação era constrangedora para qualquer judeu ali presente, mas não a foi para Daniel e, nem o é para os nascidos do Espírito, porque é nesse momento que o verdadeiro cristão assume a sua fé em Cristo, pois é muito fácil assumir essa fé com palavras, orações, quando as coisas vão bem ou quando exigem pequenos esforços da pessoa, quero ver quando as decisões são difíceis, quando a situação está complicada e a rebordosa está vindo, ou, quando a exigência da atitude é sacrificial e sobre-humana, nesse momento é visto quem é quem, no entanto, Daniel assumiu a sua fé, mostrando pra Deus total disposição da sua vida em querer servi-lO a qualquer custo e da maneira que Ele designasse, ainda que fosse com a vida: “Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.” ( Daniel 6:10), ele permaneceu assumido na sua fé, o Novo Nascimento extrai da pessoa que O recebe todo medo, dúvida, indisposição ou seja qual o motivo que faça alguém fugir, desanimar e se esconder. O único objetivo do nascido do Espírito, assim como era com Daniel, é servir à Deus da maneira que Ele designar e segundo a Sua Vontade, aquele decreto não intimidou aquele rapaz, porque não há nada que possa intimidar quem tem o Espírito Santo, muito pelo contrário, ele foi em frente, firme na sua fé em seu Deus. Contudo, a conseqüência foi, de fato, a cova dos leões, que acredito estarem famintos, porque, se na selva eles caçam todo dia para saciar a sua fome, imagine naquele altura onde dependiam de alguém para alimentá-los, e nem todos os dias eram lançados animais ali e, muito menos, pessoas para os alimentar. Quantos são os cristãos que nos dias de hoje estão dispostos a abrir mão da sua vida e, assumir a sua fé para servi a Deus ou mesmo morrer por esta fé, nesse Deus? É fácil assumir isso com palavras e pensamentos de convicção, na realidade, o que Deus observa são as grandes atitudes tomadas. Quem se dispõe a entrar nessas covas de leões da vida?

    Contudo, os únicos habilitados para assumir tal fé, tal desafio, são os nascidos do Espírito Santo ou filhos do sacrifício do Senhor Jesus, e foi justamente isso que a fé de Daniel o levou a fazer, o sacrifício. Pois naquela altura a cova dos leões era inevitável para ele, e o sacrifício está presente na vida de todo nascido de Deus, ou seja, a disposição em querer satisfazê-lO por meio da renúncia e da entrega da sua vida. Deus abençoe.

  

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                                                                      Lima Júnior

 

DANIEL: O caráter: Personalidade do Espírito Santo

    Daniel foi um homem posto à prova diante de situações muito difíceis, em que apenas o verdadeiro  nascido do Espírito seria capaz de suportá-las e subjugá-las. Entretanto, por ser cheio do Espírito Santo, Daniel crescia, destacando-se grandemente em tudo o que empreendia no reinado de Nabucodonosor, na época do reinado de Dario foi novamente lembrado por Deus e engrandecido, foi constituído pelo rei Dario como um dos três presidentes do império babilônico, no entanto, ele se distinguia dos outros por haver nele outro Espírito: “Então o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino.” (Daniel 6.3), veja que de tal forma Daniel se destacava, que o rei Dario pensava em colocá-lo no controle absoluto do seu império. Não obstante essa intenção do rei, os demais movidos de inveja, buscavam uma maneira de destruir a Daniel, contudo, não encontravam meios de prejudicá-lo, pois pelo fato de ser um homem de Deus, o seu caráter era moldado pelo Espírito Santo, evidenciado pelos Seus frutos e destacando-se a fidelidade: “Então, os presidentes e sátrapas procuravam ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel...” (Daniel 6.4), sim, porque é impossível alguém dizer que tem o Espírito Santo e não ter o caráter moldado pelos frutos dEle. A fidelidade retrata a integridade do Nascido de Deus diante de situações difíceis que porão à prova a sua honestidade. Algumas pessoas se dizem filhas de Deus, no entanto, em contrapartida, a sua natureza é inversa ao do Espírito Santo, uma vez que praticam a injustiça, em parte são caluniadoras, em parte são fraudulentas e assim vai  seguindo a lista. Na realidade, são pseudo-filhos de Deus, em cujo coração não há a genuína sinceridade, pelo fato de querer ser visto pelo homem, buscando a sua própria glória e seus próprios interesses.

   O caráter de Daniel foi visto por meios das suas contínuas atitudes, nas quais era manifesta a sua fidelidade , ainda que o rei não estivesse vendo o seu trabalho, pois o temor do Espírito imperava no coração de Daniel, muito embora não procedesse dessa maneira por causa do rei, mas devido à natureza divina que havia nele. Da mesma feita deve ser o caráter do verdadeiro nascido de Deus, isso deve estar na sua genética espiritual, e a própria palavra de Deus evidencia isso dizendo: “não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus;” (Efésios 6.6).

   Contudo, o caráter é um tipo de identidade que mostra continuamente o que está dentro de uma pessoa, ou seja, ela pode até tentar mostrar com algumas boas obras o que ela não é, mas nunca consegue segurar por muito tempo a fera que há dentro de si. Entretanto, uma vez que este caráter é o do Espírito Santo, ninguém será capaz de lhe causar nenhum dano destrutivo, pois a sua sinceridade e honestidade a justificará diante das injustiças sofridas, o caráter sincero e fiel é a defesa do nascido de Deus em meio às tribulações enfrentadas sem o uso de palavra alguma, a exemplo do Senhor Jesus que quanto esteve perante Pilatos foi acusado de vários delitos contra Deus e a religião judaica, por testemunhas falsas, sacerdotes e fariseus, e uma vez interrogado por Pilatos não respondia palavra alguma a respeito daquilo de que era acusado, contudo, Pilatos dizia aos demais presente: “não vejo neste Homem crime algum”. O caráter do Espírito Santo além de defender, engrandece aqueles que Lhe pertencem, Daniel chegou naquele reino como escravo, contudo, se tornou autoridade majoritária abaixo apenas do rei, é isso o que Deus faz com aquele que mantêm o seu caráter fiel à natureza divina. E, naturalmente como aconteceu com Daniel, a pessoa que permanece fiel no seu caráter e vida com Deus, despertará incômodos naqueles que não nasceram de Deus, e embora seja perseguida, tal pessoa não poderá ser destruída, ainda que sofra injustiças e em dados momentos seja prejudicada. Entretanto, isso é bom, porque nisto é visto quem é e quem não é do Espírito, assim como ocorreu com Daniel, porque se ele não fosse de Deus certamente seria destruído pelos seus perseguidores, no entanto, se a pessoa é nascida do Deus, nesse momento acontecerá o despertar do dom do Espírito Santo presente, especialmente, no nascido de Deus, a FÉ. Deus abençoe.  

                                                De fé em fé

                                                                                                                                                         Lima Júnior